Tel Aviv

10.02.2020 | Era fim de tarde de uma segunda-feira quando chegamos em Tel Aviv e foi o trânsito, tão comum na hora do rush em uma cidade grande, que nos fez lembrar que era dia de semana. Não que esse tenha sido um problema, pois assim dirigimos calmamente pela cidade e já pudemos fazer um apanhado geral da moderna e cosmopolita Tel Aviv. Quando finalmente chegamos no nosso BnB, por sorte encontramos uma vaga em frente ao nosso prédio, descarregamos o carro e depois de um bom banho saímos pra jantar ali por perto.

Na manhã do dia seguinte, saímos para devolver o carro e dali mesmo já começamos o passeio; afinal era o último dia de viagem dos meus pais (Gabi), então precisávamos explorar a cidade com eles. Fomos caminhando pela orla de Tel Aviv, desde Gordon Beach até Aviv beach, curtindo o calçadão à beira-mar e a linda vista para o Mediterrâneo até chegarmos em Old Jaffa, a parte mais antiga da cidade.

Old Jaffa é, atualmente, um bairro cheio de galerias de arte, lojinhas de artesanato, bares e restaurantes. Mas esse pedacinho de Tel Aviv guarda muita história. A então cidade de Jaffa (ou Yafo) foi estabelecida por volta de 1800 a.C. e ali foi instalado o primeiro porto do mundo. Um ponto estratégico para a civilização egípcia, existem evidências de que a região esteve sob o domínio dos faraós até 800 a.C., fazendo de Jaffa uma comunidade predominantemente árabe. Mais recentemente, o porto de Jaffa foi a principal porta de entrada quando os judeus de todo o mundo começaram a retornar para Israel. Com o desenvolvimento de Tel Aviv, em 1940, Jaffa tornou-se um bairro da cidade, dando origem ao nome atual: Tel Aviv-Yafo. E essa é a beleza de Tel Aviv-Yafo, uma cidade que “mistura” religiões, que preza e promove a inclusão e a diversidade. 😊

Logo na entrada do bairro, como se fosse um portal, está a Clock Tower (Torre do Relógio). A torre foi contruída no início do século XX, junto a uma centena de outras espalhadas pela Palestina, Macedônia, Bósnia e Kosovo, região que à época estava sob domínio do Império Otomano, a fim de comemorar os 25 anos de reinado do Sultão Abdul Hamid II, no ano de 1900. Em Old Jaffa, a torre representa modernidade e é um símbolo importante para árabes e judeus que trabalharam juntos na construção e restauração do monumento.

Cotinuamos explorando as ruelas do bairro, passando pelo tradicional mercado de pulgas de Jaffa e logo bateu a fome. O almoço, então, foi no Shawarma Bino (também conhecido por Dr. Shakshuka), uma lanchonete e restaurante bem tradicional, onde comemos um delicioso Shawarma, ou Kebab como é conhecido na Europa, afinal, nem só de hummus e faláfel se vive por aqui, hehe 😂 Ainda precisávamos de um café para repor as energias e continuar o passeio, então fomos até o Cafe Puaa. Ficamos lá um tempo, curtindo o charme e a atmosfera dessa ruela bem hipster, enquanto esperávamos a chuva passar, nos aquecendo com nossos cafés e sobremesa deliciosos. 😋

Retomando o passeio por Jaffa, fomos até a Wishing Bridge, ou Ponte dos Desejos. Seguindo a tradição, colocamos nossas mãos sobre os símbulos dos nossos respectivos signos e olhando para o mar fizemos nossos pedidos. Dedos cruzados para que eles logo se realizem. 😉 Por ali também está o Ramses Gate, ruína do ano de 1800 a.C., a mais antiga de old Jaffa, que evidencia o antigo domínio egípcio na região. Ainda naquela região, está o The Gate of Faith, ou Portão da Fé, localizado na parte mais alta de Jaffa.

A volta pra casa foi a pé, afinal não podia deixar meus pais irem embora sem se despedirem dos Souks (mercados locais). O Carmel Market é um dos mercados mais tradicionais de Tel Aviv e, assim como na maioria dos Souks, lá se encontra de tudo – são aromas e cores que aguçam nossos sentidos. Aliás, em alguns casos, chamam tanta atenção que não resitimos. 😅 Assim foi com um quadro que minha mãe viu e logo vai estar pendurado na casa nova deles. Fico feliz que terão uma recordação dessa viagem especial bem à vista, todos os dias. 😊

Aproveitamos que estávamos no Souk e compramos legumes, salada e um frango grelhado para a nossa janta. Pois é, depois de um longo dia desbravando Tel Aviv, o último jantar com as visitas foi em casa mesmo. Afinal, era hora de arrumar as malas, tomar um bom banho e dormir cedo, já que precisávamos madrugar no dia seguinte.

Era 4h da manhã quando saímos de casa e, em menos de 10 minutos de caminhada já estávamos no ponto aguardando o ônibus para o aeroporto. Em Israel, não tem Uber, então resolvemos não arriscar um táxi nessa cidade que se paga até para respirar, para percorrer os mais de 20km até o aeroporto de Tel Aviv. Claro que isso foi ideia minha, afinal viajantes de longo prazo não tem o mesmo orçamento de quem tá de férias e acabei fazendo meus pais embarcarem no espírito… hehe 😁 Mas foi super tranquilo, o ônibus era express e quase não fez paradas. Chegamos no horário, fizemos o check in, tomamos um café e chegou a hora de nos despedirmos, na torcida de um reencontro em breve! 😊

De volta pra casa, passamos o resto da quarta-feira no sofá, descansando, atualizando o blog e fazendo reservas para os próximos destinos. Ficaríamos em Tel Aviv até a próxima segunda, então ainda tínhamos tempo para explorar a cidade.

No resto da semana, aproveitamos para curtir a cidade com calma. Saímos para correr na beira-mar e vimos como as pessoas curtem a cidade ao ar livre – no fim de semana, o calçadão, que é bem largo, estava super movimentado. Também aproveitamos para explorar melhor nosso bairro, Florentin, uma região hipster da cidade, cheia de restaurantes, cafés e grafites. Entre os destaques, achamos um pequeno restaurante venezuelano chamado Arepa’s e provamos as especialidades que dão nome ao restaurante. Uma delícia!

Por falar em comida, aproveitamos que a cidade é cosmopolita e no sábado fomos jantar num restaurante japonês – estávamos há meses sem comer sushi e o desejo era grande! 🤤 Finalizando o tour gastronômico, no domingo, o almoço foi bem tradicional, com muito hummus, pão pita e afins. Afinal, depois de um mês e meio entre Egito, Jordânia e Israel, chegava a hora de nos despedirmos desse “mundo” e dessa culinária que está entre as nossas favoritas (se não, A favorita). 😍

Na madrugada de domingo pra segunda, pegamos o ônibus até o aeroporto novamente – o bom de termos testado antes é que já sabíamos que funcionaria bem, hehehe. Enfim, chegou a nossa vez de nos despedirmos de Tel Aviv e embarcarmos para um dos grandes desafios e um dos destinos mais esperados da nossa viagem: a Índia!!! 🇮🇳😃😃😃

2 respostas para “Tel Aviv”.

  1. Delicia! Deu vontade de conhecer também. Quando fomos aí só descemos no aeroporto e fomos direto pra Jerusalem. Beijos e até logo mais Piazza family!!! =***

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  2. Avatar de Vera Nilse Cadore Piazza
    Vera Nilse Cadore Piazza

    Fecharam o passeio com chave de ouro , provando a culinária , conhecendo o mercado, as atrações locais , que delicia , maravilhoso. 😊

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