07.02.2020 | Nosso último dia em Jerusalém começou chuvoso, mas nem por isso foi um empecilho, afinal deixamos esse dia reservado para conhecer a região do Mar Morto e a fortaleza de Massada.
Fui (James) até a locadora buscar o carro, enquanto a Gabi e seus pais preparavam as coisas para sairmos. Teoricamente essa região fica dentro da Cisjordânia, território palestino, e inicialmente pensei que não seria possível dirigir até lá pela estrada principal (havia um caminho alternativo, mas era bemmm mais longo). Entretanto, o pessoal da locadora me explicou que todas as rodovias na região são controladas por Israel e que poderíamos seguir tranquilamente. Assim, com tudo pronto, caímos na estrada no fim da manhã.

Dirigimos por cerca de 1:30h até nossa primeira parada, Massada. No caminho, foi muito interessante observar as placas com a marcação do nível do mar. Conforme íamos adentrando o vale, descíamos mais em direção ao centro da Terra até chegar a mais de 400m abaixo do nível do mar. 😱
Massada fica em um monte a cerca de 500m acima do nível do Mar Morto, ou seja, algumas dezenas de metros acima do nível do mar. 🤯 O acesso à fortaleza é feito através de um bondinho ou a pé. A Gabi não pensou 2 vezes e mandou todo mundo subir a pé… Teste pra cardíaco! 😨😅 A subida foi longa, mas muito bonita. Sempre que podíamos, parávamos para observar o contraste entre a aridez do deserto da Judeia e o Mar Morto que surgia imponente no fundo.




Um pouco sobre a história desse lugar: Massada é patrimônio mundial da Unesco e sua importância vem da época em que os romanos tomaram Jerusalém (século 1 d.C.) e expulsaram os judeus da cidade. Cerca de mil judeus se refugiaram em Massada e criaram uma pequena fortaleza. Após alguns anos, as legiões romanas resolveram tomar o local com o intuito de escravizar os judeus remanescentes. Os judeus resistiram enquanto puderam, mas no final tomaram uma decisão chocante: eles preferiram se suicidar a cair em mãos inimigas! Segundo os textos da época, os romanos foram surpreendidos com um silêncio assustador quando finalmente invadiram a fortaleza e apenas 2 mulheres e 5 crianças sobreviveram por terem se escondido. 😧
O local hoje é repleto de ruínas de estruturas de diversas épocas, entre elas palácios, armazéns, banhos, cisternas, etc., mas o mais impressionante sem sombra de dúvidas é a história que permeia o local.





O frio era grande lá em cima por conta do tempo fechado e muito vento. Descemos o monte de bondinho e compramos uns sanduíches para um almoço rápido. Depois de um cafezinho, caímos na estrada em direção à principal atração do dia. 😁
Chegamos no Mar Morto por volta das 15:30h. O local é o ponto mais baixo da Terra a ~434m abaixo do nível do mar e vem diminuindo anualmente por conta da evaporação da água. A concentração de sal é na casa dos 34%, 10x mais que a água do mar convencional. 😱
Logo que chegamos, começamos a movimentação para trocar de roupa e entrar na água. O Hélio, pai da Gabi, não estava acreditando! O frio era grande (cerca de 12-15oC 🥶) e ele estava decidido que não entraria. Assim, fomos apenas eu, Gabi e a Vanda pra água. Realmente estava muito gelado, mas a experiência vale muito a pena. O efeito do sal na densidade da água é muito curioso e divertido. Depois de muitas risadas e chamadas insistentes (pra não dizer gritos) da Vanda, o Hélio não resistiu e acabou decidindo entrar. Foi sofrido, tremia feito vara verde, mas no final não se arrependeu de ter entrado. As fotos falam por si. 😂😂😂










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