23.08.2019 | Bienvenidos!! Com Sevilla começamos nosso passeio pela Espanha. Para chegar até aqui, pegamos um ônibus desde Faro, no Algarve e depois de umas três horas desembarcamos com uma calorosa recepção: 38oC 🥵
Durante a tarde optamos por ficar no hotel, descansar, organizar algumas coisas e aproveitar o ar-condicionado. À noite, saímos para a nossa primeira refeição por aqui. Trocamos o bacalhau pelo jamon e tortilla e era só o começo dessa viagem gastronômica.
Na manhã do dia seguinte fizemos nosso programa tradicional para ter um apanhado geral do lugar e da história, o free walking tour. Ao final, já por volta das 13h, ao procurar um lugar para comer, lembramos que tínhamos que nos adaptar a um costume espanhol: eles almoçam tarde, por volta das 14h. Encontramos um restaurante aberto, mas a cozinha ainda não estava funcionando. Tivemos que escolher só entre o cardápio de tapas e foi assim que acabamos provando uma delícia da região de Andaluzia: salmorejo (uma versão mais encorpada do Gazpacho, a sopa fria de tomate espanhola).




Durante a tarde, retornamos a alguns locais que passamos durante o walking tour para fazer uma visita mais completa. Entramos na Igreja del Salvador, no Arquivo das Índias, onde está guardado o Tratado de Tordesilhas, e por fim, entramos na Catedral de Sevilla, a terceira maior igreja do mundo.
A catedral é muito linda por dentro, seu principal retábulo é o maior que existe no mundo cristão, com 400 metros quadrados. Além disso, nela está a tumba que abriga os restos mortais de Cristóvão Colombo. Construída sobre uma antiga mesquita, a igreja tem como destaque a sua torre, a famosa Giralda. Apesar de alterada, a Giralda ainda conserva diversos traços de uma minarete islâmica, as quais estão presentes em todas as mesquitas e servem, entrem outros, para anunciar os horários das rezas islâmicas. Aliás, as marcas do domínio árabe por aqui não estão apenas na arquitetura, casas de chá e especiarias estão espalhadas por toda a cidade.






Visitas feitas, continuamos o passeio caminhando pela cidade. Passamos pelo charmoso bairro judeu e suas deliciosas lojas de doces (principalmente torrones) e pelo Jardim de Murillo. À noite, seguimos a sugestão que nos passaram no hotel e fomos a um bar de tapas perto dali. Que delícia!!! Para quem for a Sevilla, vale a pena anotar a dica: Duo Tapas. Comida muito saborosa, preço super justo e ainda dá pra sentar nas mesas externas se a temperatura estiver agradável. Fomos dormir felizes 😉




O segundo dia em Sevilla foi principalmente dedicado à Plaza de España e ao Parque de María Luisa. Como o parque é grande, aproveitamos para correr por ele e assim pudemos explorá-lo bem. Treino finalizado, era hora de caminhar com calma pela praça que, assim como o parque, foi construída para a exposição Ibero-Americana de 1929. O objetivo do evento era divulgar ao mundo o que a Espanha era capaz e com isso trazer investimentos ao país, que estava passando por uma crise financeira.
O arquiteto responsável pela Plaza España foi Aníbal González. Seu projeto reuniu traços e materiais dos povos que dominaram a região ao longo da história. Uma mistura incrível, cheia de cor e vida, muito linda! A construção demorou 15 anos e custou muito mais que o previsto, mas o resultado acabou sendo incrível. A exposição foi um sucesso e o montante investido foi completamente recuperado, apesar de que a crise voltaria logo na sequência com a crash da bolsa de 1929. O que não se perdeu foi uma praça linda, um marco para a região, que hoje abriga órgãos do governo da Andaluzia, e não pode deixar de ser visitada!





Banho tomado, fomos almoçar no mercado do bairro de Triana, que fica do outro lado do rio. Esse é um bairro tradicional da cidade, muito associado à marinha, ao flamenco e à cerâmica. Além disso, de lá se tem uma linda vista da cidade. Atravessamos a ponte novamente para voltar, passamos em frente à arena de touros, mas optamos por não entrar. Apesar de ser parte da cultura local, não é uma atração que nos interessa. Já era meio da tarde e o calor estava bem forte, hora de voltar pro ar condicionado e descansar um pouco.



Um pouco antes do pôr do sol, já por volta das 20:30h, saímos em direção às Setas de Sevilla. O monumento, cujo nome original é Metropol Parasol, foi inaugurado em 2011. Como é de se esperar em uma cidade histórica, o monumento até hoje gera opiniões controversas da população que, por conta do seu formato, o apelidou de “setas” (cogumelos em espanhol). De qualquer forma, não se pode negar que a grande estrutura de madeira, a maior do mundo, tornou-se uma atração para os turistas, principalmente para ver o pôr do sol de cima de uma das construções mais altas da cidade.
Por conta da fila, acabamos não subindo. Mas, de qualquer forma, vale fazer a visita nesse horário, quando o monumento já está iluminado e ainda se tem um pouco de luz do sol. A fome já indicava que era hora de jantar e como não conseguimos provar todo o cardápio do Duo Tapas no dia anterior, por que não voltar?! Decisão super acertada 😉

No terceiro dia alugamos um carro e fizemos um bate e volta até Granada, que fica a uns 250km de distância. Na verdade, foi um pouco corrido fazer dessa forma, afinal somando ida e volta são umas 6 horas de carro, mas na hora de fazer as reservas achamos que talvez não valeria o empenho de trocar de hotel. Hoje provavelmente faríamos diferente, dormindo em Granada e de lá seguindo para Madrid, já que a cidade também oferece muita coisa para fazer.
Ao chegar em Granada fomos direto para a principal atração da cidade: a Alhambra. A Alhambra é um complexo de palácios, fortaleza, jardins que abrigava a sede da dominação moura (ou árabe) na península ibérica. Granada foi a última cidade a ser retomada pelos espanhóis no final do século XV (enquanto a maioria das outras regiões havia sido retomada cerca de 200-300 anos antes).
Esse é um dos monumentos mais visitados da Espanha e, por conta disso (e um pouco de falta de planejamento 🙄), não conseguimos ingresso para visitar os palácios em si, apenas as demais áreas do complexo. Ainda assim, ficamos umas 3 horas por lá. Tem bastante coisa para ver e é realmente uma visita imperdível pra quem vai a Granada. Voltaremos para fazer a visita completa!








Para terminar o dia, fomos até o mirante San Nicolas, que fica no bairro Albaicín, uma região mais alta da cidade com várias ruelas e casinhas brancas que é um verdadeiro charme. De lá, é possível avistar a Alhambra à distância e ter uma ideia da grandiosidade do local, além da cidade em si que também é muito linda.




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