SIM PRO MUNDO

12.08.2019 | Coimbra

Depois dos dias maravilhosos no Douro foi difícil sair cedo de lá, então acabamos nos esticando pela manhã e chegamos em Coimbra já por volta das 15h. Fomos direto conhecer a principal atração da cidade, a Universidade de Coimbra. Fundada em 1290, é umas das universidades mais antigas do mundo ainda em funcionamento. O local é lindo e cheio de história. Foi ali também que se instalou o primeiro Palácio Real do país, no início do século XII.

Ao passar pela Porta Férrea, construída no século XVII para demarcar a entrada ao campus, já se vê a Via Latina, uma longa varanda e principal fachada do antigo Palácio Real. A escadaria desse prédio é emblemática e até hoje é utilizada para as fotos solenes de formatura. Entramos no prédio e fizemos a visita às principais salas: Sala dos Grandes Atos, Sala do Exames Privados – onde antigamente aconteciam as provas orais e individuais -, Sala das Armas e Sala Amarela.

Em seguida, visitamos a Capela de São Miguel e subimos na torre, de onde se tem uma vista linda do campus e da cidade. Também entramos na Biblioteca Joanina, onde infelizmente não se pode tirar fotos. É um lugar realmente inspirador para os estudos. Já estamos planejando a próxima faculdade pra cursar por aqui!! 😉

Depois da visita, ficamos perambulando pelas ruas do centro da cidade, que é muita linda! Muitos lugares bons pra comer, bastante gente na rua… Uma cidade bem viva e que nos surpreendeu! Passamos só uma noite por aqui, mas deu um gostinho de quero mais!

Óbidos

Saímos de Coimbra pela manhã e dirigimos em direção à Óbidos, mas antes fizemos uma parada em Nazaré, famosa por suas ondas gigantes. O fenômeno acontece principalmente entre nos meses de Dezembro e Janeiro, então nada de surf pra nós.

Mesmo assim é muito legal visitar o farol, entender melhoras condições que resultam nas ondas gigantes e ver os surfistas que por ali brilharam, muitos deles brasileiros. Inclusive o recorde de maior onda ali surfada, com 24,38m de altura, pertence ao brasileiro Rodrigo Koxa, que atingiu a marca em novembro de 2017.

Já que não deu onda, seguimos viagem até Óbidos. Lá a dica de passeio é simples: se perder pela cidade murada, caminhando pelas vielas cheias de lojinhas e cores, tomar café e comer um doce local, provar o tradicional licor de ginjinha (à base de uma fruta semelhante à cereja), e por aí vai…

Pra quem encara um pouco de altura, também é legal caminhar pelas muralhas que protegem a vila. No total são 2km de percurso, mas nós caminhamos só um pedacinho já que grande parte estava interditada para manutenção. Outro ponto que parece ser lindo é a Porta da Vila, mas também estava passando por reparos durante a nossa visita e, portanto, terá que ficar para uma próxima. 😉 A Igreja Santa Maria ou Igreja Matriz de Óbidos, com suas paredes internas cheias de azulejos, também merece uma vista.

Além disso, Óbidos é classificada como cidade literária pela UNESCO. Então, não se pode passar por lá sem visitar uma de suas livrarias. A Livraria Santiago, inaugurada em 2013, chama atenção por funcionar onde até 2011 estava instalada a Igreja São Tiago. As outras livrarias que chamam bastante atenção são a Livraria do Mercado e a Livraria da Adega, mas acabamos não entrando nelas. Culpa dos cafés e da ginjinha 😉

Sintra

Saímos de Óbidos no fim da manhã de quarta, 14.08.2019, e dirigimos até Sintra, que fica a uns 100km de distância. A cidade faz parte da área metropolitana de Lisboa e o acesso de trem ou ônibus é super tranquilo pra quem sai da capital portuguesa.

Patrimônio Mundial da Unesco, a cidade nos surpreendeu assim que chegamos. Cheia de atrações e visitantes, encontramos uma cidade super vibrante, que não está no roteiro somente porque encaixa na rota, mas sim porque tem muita história e lugares a serem visitados. Paramos para pegar um café e provar a tradicional queijadinha de amêndoa, uma atração imperdível também, enquanto planejávamos os passeios do dia.

Começamos pela visita à Quinta da Regaleira, uma grande propriedade que em 1892 foi adquirida pelo brasileiro Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro. Pouco se conhece sobre a história do local antes da compra por Carvalho de Monteiro, mas o que não se tem dúvida é que o brasileiro tinha o desejo de fazer grandes construções e era um entusiasta de assuntos esotéricos ligados à alquimia e à maçonaria. Por conta disso, a Regaleira se transformou num conjunto de obras cheio de simbologia, sendo o Poço Iniciático a mais emblemática delas. O poço é assim denominado porque sua configuração leva a crer que ali aconteciam os rituais de iniciação à maçonaria. Outras construções como a torre e o palácio também merecem ser visitados.

Depois de uma pausa para o almoço, fomos visitar os pontos mais altos da cidade. Começamos pelo Castelo dos Mouros, uma fortificação construída por volta do século X, no período em que os muçulmanos dominavam a Península Ibérica. Depois, continuamos subindo a Serra de Sintra até o Palácio da Pena, uma construção de 1511 que inicialmente abrigava um mosteiro e tornou-se Palácio em 1838, quando foi adquirida pelo Rei D. Afonso II. Um lugar cheio de história, cores e com uma vista linda da cidade!

Ao fim do dia retornamos para Lisboa, onde passamos mais alguns dias. Mas isso é tema para o próximo post. 😉