15.07.2020 | Ao pesquisar sobre os principais passeios do Golfo da Tailândia, o Ang Thong National Marine Park logo entrou para a lista de desejos. É possível fazer o passeio de um dia a partir de Koh Samui, Koh Phangan e Koh Tao, mas por conta da pandemia as saídas estavam escassas. Até que a Manon e o Louis (nossos amigos franceses) entraram em contato com um francês que mora há anos na Tailândia e faz o passeio pelo Ang Thong de uma forma diferente. Ao invés do tradicional bate e volta de barco, ele oferece um pacote com duas noites à bordo, para conhecer com bastante calma mais esse paraíso tailandês. 😄
Depois de muita negociação, partimos na quarta-feira pela manhã. Na lista de passageiros, estávamos nós 4 (Manon, Louis, Gabi e James,), além de um alemão e outro casal de franceses, amigos do dono do barco. Juntamente com o capitão, o dono do barco e sua família (esposa e filho), formavam a tripulação. Inicialmente achamos a presença dos amigos tranquila, porém no decorrer da viagem, essa parte nos incomodou um pouco, já que o dono do barco dava a impressão de estar curtindo um passeio com os amigos… 🙄 Mas feita essa consideração, vamos aos lugares que conhecemos e a experiência que foram essas duas noite à bordo. O lado negativo acabou virando piada interna e história pra contar… 😅
Depois de umas 2h de navegação, ainda antes de entrar na área protegida do Parque Nacional, paramos para fazer snorkel. O mar estava bem agitado, mas ainda assim vimos muitos cardumes por ali. O alemão, um dos convidados do dono do barco, aproveitou a quantidade de peixes para praticar pesca com arpão e pra nossa surpresa ele voltou pro barco com o peixão… 🎣😱😱😱





Com o jantar garantido, seguimos a navegação por mais algumas horas até adentrarmos na área protegida do Ang Thong, onde a pesca é proibida. Quando a embarcação parou, pegamos os caiaques e fomos explorar as cavernas do Parque Nacional com suas incríveis formações rochosas.




Depois da remada, atracamos em uma pequena praia e descansamos um pouco antes de retornar ao barco. Já à bordo, curtimos o fim de tarde, tomamos banho, jantamos e nos preparamos pra dormir. O despertar em alto mar é cedo, afinal com a claridade e o calor fica difícil dormir depois que o sol nasce, algo que eu adoro na verdade. 😁 James, Manoon e Louis é que não gostaram muito 😅 (foto abaixo). Mas abrir os olhos ao acordar e dar de cara com essa paisagem é uma ótima forma de acabar com qualquer mau humor matinal. 😍


O parque nacional é composto por 42 ilhas, a maioria delas sem nenhuma estrutura ou qualquer intervenção humana. No segundo dia de passeio, fomos visitar a ilha de Mu Ko, onde existe uma certa estrutura, com banheiros e até cinco bungalows disponíveis para pernoite. A principal atração da ilha é o mirante, que fica a cerca de 200 metros acima do nível do mar. Apesar da subida sob um sol forte, o que tirou nosso fôlego foi a vista que se tem do Parque Nacional. 😱
Lá do alto é possível ter uma ideia melhor da dimensão desse lugar lindo! O visual nos lembrou Halong Bay, uma das principais atrações do Vietnã, que iríamos visitar em abril de 2020, mas fomos impossibilitados por conta da pandemia. Já que não fomos até Halong Bay, a Tailândia trouxe Halong Bay até nós. 😁 Esse país é mesmo abençoado e Buddha caprichou bem por aqui! 🙏






Curtimos bastante o visual lá de cima, afinal leva um certo tempo pra assimilar tanta beleza. Mas depois de um tempo o calor falou mais alto e tomamos o caminho de volta. Para descer foi bem mais fácil, é claro, e as únicas paradas eram para admirar mais um pouquinho a paisagem e para observar os macacos que estavam no caminho quando atingimos o ponto de mata mais fechada. Por fim, ainda na ilha de Mu Ko, fizemos uma trilha curta para visitar uma linda caverna de rocha calcária, a Bua Boke Cave.



Almoçamos no barco e durante a tarde pegamos os caiaques para conhecer mais uma obra de arte da natureza, o Emeral Lake, em tailandês, Talay Nai. Localizado na ilha de Koh Mae Ko. Também conhecido como Lago Azul, o lago salgado está formado sobre a cratera de um vulcão extinto e é ligado ao oceano através de canais subterrâneos. Ao atracar o caique na ilha vulcânica, seguimos pelas escadarias de madeira que levam ao mirante do lago. Mais um visual de tirar o fôlego! 😱😃







De volta ao barco, aproveitamos o fim de tarde para descansar e tomar o café da tarde que a Wassana, esposa do francês com quem negociamos o passeio, havia preparado para nós. Ao ver a fotos dessa travessa de mangas sentimos água na boca até hoje. As mangas tailandesas são de-li-ci-o-sas… 😋
A janta ficou por conta do alemão pescador, que fez um bandejão de sashimi. Já tínhamos provado na primeira noite, mas ele tinha nos dito que o peixe ficava ainda melhor no dia posterior a sua pesca. Fizemos nossa misturinha com shoyu e wasabi e atacamos de garfo mesmo, era uma fartura de sashimi 🍣😋😃






Mas apesar do banquete no jantar, o melhor da noite ainda estava por vir. Ouvimos a possibilidade de presenciar a bioluminescência, mas na primeira noite nada aconteceu e já achávamos que era história do francês. Quando de repente, depois do jantar ele começou a mexer na água com um bastão e tudo começou a piscar. James, Louis e Manon prontamente pularam na água e conforme eles se mexiam um pisca-pisca parecia se ascender. Mesmo de banho tomado me rendi ao espetáculo da natureza e também pulei na água. Ao colocar a cabeça embaixo da água parecia, na verdade, que estava diante do céu mais estrelado que eu já vira, algo inexplicável mesmo. 😱
O fenômeno acontece a partir dos fitoplânctons, phytoplanktons bioluminescentes, criaturas marinhas microscópicas que geram luz como mecanismo de sobrevivência (quem não conhece, vale a pena dar um Google). Para ver a bioluminescência é preciso estar no escuro, então não temos registros fotográficos, mas essa experiência ficará para sempre em nossas memórias. Um pisca pisca que brilha com muita intensidade embaixo da água! 🌟🌟🌟😃

No dia seguinte o sol nos despertou cedo mais uma vez, um amanhecer ainda mais belo. Um daqueles momentos que a gente para e agradece por tudo que vivenciamos. Para espantar a preguiça dos dorminhocos, bastou um pulo na água ao rolar da “cama”. 😅
Depois do café da manhã, lá fomos nós, para o último passeio de caiaque pelo Ang Thong National Park (foi tanto caiaque que esse virou outro motivo de piada do passeio 😅). Adentramos em mais uma caverna e “estacionamos” num canto para pular na àgua e curtir mais um snorkel. Dessa vez o destaque foram as cores vibrantes da flora marinha. E assim nos despedimos do Ang Thong, de volta ao barco navegamos em direção a Koh Tao. Voltaríamos a terra firme, mas ainda contrinuaríamos pertinho do mar, em mais uma ilha desse país incrível. 😍







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