12.11.2019 | Saímos de Windhoek, capital da Namíbia às 6:40h da manhã e, depois de uma conexão em Joanesburgo, voamos para Dar Es Salaam (ou apenas Dar), capital da Tanzânia. Para chegar na ilha de Zanzibar ainda teríamos que pegar um ferry, uma viagem que leva cerca de 2-3 horas. Mas por conta do nosso horário de chegada em Dar, dificilmente conseguiríamos atravessar o mar no mesmo dia.

Ao procurar alternativas, vimos que voar com as cias aéreas locais era muito mais conveniente e poderia ser até mais barato que pegar o ferry. Pesquisamos um pouco a reputação delas e decidimos encarar. Então, compramos o voo um dia antes e logo que chegamos em Dar embarcamos em um dos aviões da “famosa” Precision Air. 😬 Foram menos de 30 minutos dentro da pequena aeronave e, depois de um longo dia entre voos e aeroportos, finalmente pousamos em Zanzibar.
Passamos 5 dias/6 noites por lá e nossa programação principal era aproveitar a pousada, descansar e curtir o sol, sombra e água fresca. Por conta disso, escolhemos a praia de Bwejuu, no leste da ilha. A cor da água por lá é linda e a praia é tranquila e cercada de coqueiros. O forte efeito da maré é o que faz com que a praia seja menos procurada pelos turistas. Quando lemos alguns comentários achamos que seria exagero, mas o mar realmente chega a recuar mais de um quilômetro durante a maré baixa. A paisagem continua linda, só que o banho de mar nessas horas fica comprometido. Mas nada que uma piscina à beira-mar não resolva 😉


Para quem vai em busca de um agito, a região norte da ilha é a mais procurada. Essa região é conhecida por ter a água mais cristalina de Zanzibar e com isso, ela acaba sendo a mais procurada. Além disso, por lá o efeito da maré não é tão forte e fica mais fácil entrar no mar durante todo o dia. O ideal é escolher uns 2 ou 3 lugares para se hospedar na ilha, de acordo com o número de dias que pretende passar lá. Assim, dá pra conhecer as diferentes praias e cantos da ilha. Como estamos viajando por tanto tempo, optamos por ficar todos os dias no mesmo local, afinal nosso objetivo era relaxar. E como levaríamos umas 3 horas para chegar até as praias do norte (apenas ida), resolvemos deixar para conhecê-las numa próxima visita. Assim, já temos uma ótima desculpa pra voltar 😉
E se a ideia por aqui era descansar, a programação do primeiro dia não podia ser diferente: praia, piscina, leitura e uma corridinha no fim do dia. Café da manhã, almoço e janta no restaurante da pousada e assim ficamos, o dia inteiro isolados nesse paraíso.







Depois de um dia de pernas pro ar, dedicamos o segundo a uma programação mais turística. Pela manhã, visitamos as tradicionais fazendas de especiarias – um passeio praticamente obrigatório, visto que a ilha é uma das maiores produtoras do mundo. A produção começou por volta do séc. XII, mas foi no início século XVI, sob domínio português, que ela se intensificou. Após a chegada de Vasco da Gama, diversas espécies de plantas foram trazidas pelos portugueses, importadas da América do Sul e da Índia e então a ilha entrou de vez na rota das especiarias. Já no século XVIII, sob comando dos árabes, a produção de especiarias se intensificou ainda mais e até hoje é uma das suas principais atividades econômicas de Zanzibar. Aliás, foi super interessante conhecer como sao cultivos diversos produtos que usamos no dia a dia, tais como, cravo, canela, noz-moscada, pimenta do reino, etc., sem cotar nas deliciosas frutas que provamos por lá. 😋







No período da tarde fomos conhecer Stone Town, o famoso centro de Zanzibar, declarado como patrimônio mundial pela UNESCO. Foi durante o domínio português que a região começou a ser explorada, quando decidiu-se construir ali um forte. Tendo sido dominada também por chineses, árabes e ingleses, a fusão dessas distintas culturas é o que torna Stone Town tão especial. Além de visitar as principais construções histórias, o passeio por ali só fica completo com uma visita ao Darajani Bazaar, o mercado central.








Uma curiosidade sobre o passeio no centro histórico de Zanzibar foi a visita a casa onde Freddie Mercury passou sua infância. O vocalista da banda Queen, de origem parsi (Irã), nasceu em Zanzibar no ano de 1946, quando a ilha estava sob domínio britânico. Aos 8 anos de idade o cantor foi morar na Índia para frequentar uma escola inglesa e voltou a Zanzibar quando concluiu seus estudos. Em 1964, Freddie e sua família se mudaram para a Inglaterra.
No terceiro dia pela ilha, alugamos uma bicicleta e pedalamos pela praia para conhecer os arredores de Bwejuu. Pelo caminho, paramos para fazer snorkel pela blue lagoon, curtimos a água cristalina e passamos por lindos paredões de pedras.






Depois de uns 10km pedalando na areia fofa, chegamos no “The Rock”, o famoso restaurante que quando a maré tá alta só é acessível de barquinho. Em frente ao The Rock fica o Upendo, um hotel boutique que também tem um restaurante e piscina à beira mar. Tínhamos lido que o preço das comidas ali era mais atrativo e, além disso, quem quiser pode usar a piscina e curtir a tarde por ali. Nós ficamos por lá e a comida estava deliciosa, além do lugar ser tranquilo e com a vista que o The Rock não tem, do próprio The Rock… rsrsrsrs



Quando o sol ficou mais fraco, retomamos a pedalada. Foram mais uns 5km até chegarmos ao Kae Funk, um bar na beira da praia que o pessoal da pousada nos recomendou para curtir o pôr do sol. O lugar realmente é uma delícia e vale a pena o passeio. O mar por lá é uma lagoa. Ficamos por ali curtindo a vibe e aproveitamos pra nos refrescar, mas dessa vez não deu para esperar o pôr do sol. Afinal ainda tínhamos que pedalar mais uns 15km até a nossa pousada e fazer isso no escuro não estava nos planos 😉



Nos dois últimos dias em Zanzibar nos dedicamos novamente ao que tínhamos planejado para esse destino: descansar. Ficamos só no hotel, variando entre praia e piscina. James aproveitou para explorar os corais durante a maré baixa e ver como funciona a pesca local, enquanto eu aproveitei para correr no fim de tarde. Conversamos bastante com o pessoal que trabalha na pousada, ampliamos um pouco nosso vocabulário swahili, além do Hakuna Matata, e jantamos com outro casal de hóspedes que conhecemos ali. Assim, Zanzibar cumpriu seu papel com maestria, recarregamos nossas baterias e claro, fomos embora já pensando em voltar!





Deixe um comentário